as árvores que andam
concêntricas ao
castelo recheado de dúvidas.
o rei que em pé
boceja
pois de fato não reconhece
as razões de seu trono
apenas as
dimensões de seu
tempo e os espinhos da sua coroa.
avançam os galhos lá fora
e por hora
a rainha ainda lava as mãos
pois deposta não servirá
aos propósitos da floresta.
e ri o rei cansado
no jardim
hedônico
de suas vontades
e das suas mais variadas
e fugazes
flores.
Com licença poética - Adelia Prado
Há 9 anos
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