sábado, 29 de novembro de 2008

Veranos

Mar e tédio; o que me falta para o verão?
Luz. E a cerveja, tão bem cabida no copo.
Um biquíni, uma ária, o papo e eu topo:
areia na alma, na boca e no calção.
É de se fazer triste a preguiça que dá
na sombra de um guarda-sol, nosso vero amigo:
quanto mais toca o celular, mais me desligo,
mijo, só quando na bexiga muito há.
Lento, passa rápida a formosa estação
e deixando sua marca, o famoso chupão -
que teima em, sempre, o nosso pescoço tingir -
lembra que somente nesses meses de sal,
infância boa onde já se sabe o mal,
é possível viver sem a vida existir.

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