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"De costas" ou "El gran masturbador, Dalí, 1929 - óleo sobre lienzo"
pequenos
órfãos
detentos
órgãos
sob a pele -
amores.
quatro câmaras
os comportando
mas quantas flores
sem estação?
pelo visto
nada é apto
e
há muito
mais xisto
que o previsto
hirto
espaço calcário:
um vaso todo
lado de dentro.
os dentes
sonham
fadas distantes
sedentos
pelos ossos
sobre ossos
os pelos
nossos
ambos fossos
fundos
frutos -
sementes tardias
elaboradas com
um
riso exausto.
meu leito
arco firme
contra a noite
que calcula tantos
quando estou só
a seta
que inveja
o branco
do nascente:
entre as unhas
extrai-se o rubro
e entre as coxas
nossas próprias
respostas.
pena
quando surgem
estarmos
de costas.
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