Surte efeito o bilboquê
na criança
que sozinha brinca
sob meus cabelos;
ela, ao jogar
na desavença entre
os seus
e os meus
brinquedos, escolhe dar-me
espanto
ou
contentamento:
a tirania do
seu sorriso
é o que
decreta a minha
própria
fotografia
na incerteza
do momento.
Caso a esgrima de suas
artes
provoque-lhe
qualquer sorte
de angústia ou medo
em mim se abate logo
um calado alarde
um gesto
vazio
um frio
arquear dos meus
artelhos...
E se por vezes seu pequeno
coração
da vela acesa
constrói o gelo
faz-se mau-tempo:
bicho preso
pausa quente, casa escura...
tempestade-estado sem uma possível
destinação.
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